terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Indaba - perspectiva de um participante


A perspectiva de um participante

No passado dia 28 de Janeiro, Sábado, realizou-se, no Campo-Escola de Serpins, o Indaba Regional. Esta edição contou com a presença do Assistente Nacional, o Pe. Rui Silva, que veio falar aos Dirigentes da Região sobre “Escutismo e Desenvolvimento Espiritual”.

O encontro contou com a presença de cerca de 30 participantes, e foi um momento de importante formação e partilha sobre esta temática fundamental.

Depois de um pequeno jogo que pôs à prova a memória dos participantes relativamente ao Escutismo para Rapazes, e onde se reflectiu sobre as próprias palavras do fundador acerca do lugar da religião no Escutismo, passou-se a um momento menos lúdico e mais formativo, onde foram deixadas algumas ideias chave a reter.

A espiritualidade é uma dimensão fundamental da pessoa humana, talvez a única não temporal (não “perecível”), que se pode brevemente definir como tudo aquilo que nos relaciona com Deus. Nas palavras de BP: “A religião muito resumidamente quer dizer:
- Primeiro: conhecer Deus e o que Ele é.
- Segundo: aproveitar o melhor possível a vida que Ele nos deu e fazer o que Ele quer de nós. E isto consiste principalmente em fazer alguma coisa pelos outros."

Para podermos proporcionar aos nossos escuteiros um desenvolvimento desta área (actualmente considerada uma das 6 áreas de desenvolvimento no programa educativo do CNE) é necessário que o próprio Dirigente tenha uma verdadeira experiência de fé.

Nas palavras do Pe. Rui Silva, “Não se pode dar aquilo que não se tem”... Que vivência de fé temos nós, Dirigentes do Escutismo Católico? Quantos de nós fazem um retiro anualmente? Quantos participam semanalmente na Eucaristia? Quantos celebram o Sacramento da Reconciliação? Estas foram algumas das questões deixadas para reflexão individual.

Foi também feita uma interessante reflexão sobre o lugar que a religião tem no Escutismo, onde tantas vezes temos a tendência de a colocar num sector à parte, alheada de tudo o resto que fazemos. Convém não esquecermos as palavras do próprio fundador quando diz “Não há qualquer lado religioso do Movimento. Ele é todo baseado na religião, isto é,
na compreensão e no serviço de Deus”.

Houve também espaço para discussão de algumas ideias, e, como não podia deixar de ser, o momento de celebração da fé cristã por excelência : a Eucaristia.

Por fim, foi realizada a cerimónia de entrega das Insígnias de Madeira a 5 Dirigentes da Região, pela mão do Ch. Victor Fernandes, que enfatizou a história e mística associadas à Insígnia. Representando a transmissão de conhecimentos entre gerações de Dirigentes, ela é também um sinal de que somos todos membros de uma mesma fraternidade mundial.

O balanço final foi bastante positivo, ficando o desejo que, na próxima edição esta actividade possa crescer em participação e ser ainda mais um local de encontro e partilha dos Dirigentes da nossa Região.

Rita Simões

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